A presidente da Fehoesg e do Sindilabs/GO, Christiane do Valle, participou na tarde desta quarta-feira, 2, da reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde de Goiânia que avaliou e aprovou o reajuste da remuneração dos médicos que atuam na urgência e emergência de unidades públicas do município. A nova tabela de remuneração dos médicos credenciados do serviço de urgência foi encaminhada ao Conselho pela Secretaria Municipal de Saúde.
A medida, que visa garantir a permanência dos médicos na rede pública da capital, foi criticada por Christiane do Valle, que votou contra a proposta aprovada por 25 votos, tendo um contra e duas abstenções. Ela observa que o simples reajuste da remuneração não é suficiente para evitar a evasão dos médicos das unidades públicas da capital.
“Os médicos estão deixando a rede pública por falta de condições de trabalho, pois não contam com exames complementares nem medicamento e também falta segurança para que possam trabalhar”, diz a presidente, que recordou recentes casos de agressões a médicos, durante o expediente.
“Não adianta só reajustar o salário, é preciso dar condições para que possam trabalhar e atender com segurança e qualidade”, afirma Christiane do Valle, que também criticou a ausência do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) nesta reunião e no debate sobre a remuneração dos profissionais.
Com a aprovação do reajuste, o valor bruto da remuneração do médico por 20 horas de trabalhos semanais na urgência e emergência passa de cerca de R$ 7 mil para R$ 9.004.95.