Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

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NA MÍDIA – Explode procura por testagem para coronavírus em Goiás

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Fehoesg e Sindilabs-GO na Mídia: Presidente Christiane do Valle fala sobre aumento de 70% na procura por exames de Covid-19 registrado em dezembro. Confira matéria publicada em 29/12/20 no jornal O Popular.


Covid-19: Dados de sindicato de laboratórios indicam acréscimo de 70% na busca pelo serviço na primeira quinzena deste mês, após período em baixa

A primeira quinzena de dezembro registrou um aumento de 70% na realização de exames de COVID-19 nos laboratórios no Estado. Os dados são do Sindicato dos Laboratórios de Aanálises e Bancos de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), que estima aproximadamente 40 mil testes durante o período. Festas de fim de ano, encontros com familiares e amigos, além de viagens, podem ser alguns dos motivos do crescimento.

A servidora pública Patrícia Vieira de Souza, de 34 anos, se preparava para passar o Natal com as duas famílias: dela e do marido. No total, 15 pessoas iam participar do encontro. Na noite do dia 23, o esposo começou a sentir a garganta arranhar e no dia seguinte acordou com uma forte dor de cabeça. Foi aí que ele decidiu fazer um exame e começaram a busca por laboratórios. Com feriado, muitos já não estavam funcionando, mas a família conseguiu fazer o antígeno e o resultado foi positivo.


“Nossas duas famílias sempre passaram juntas. Minha mãe estava mais conformada a passar a data sozinha, mas minha sogra fazia mais questão e estava organizando tudo. Confesso que estava muito incomodada desde o início e acredito que o sintomas foram um livramento. No final, cancelaram e toda família passou o Natal separada.  Sempre fazemos inimigo secreto e bingo. O Natal é bem animado”, afirma Patrícia.


O Natal de Patrícia foi no sofá de casa com os três filhos: os gêmeos de 13 anos e uma caçula de três anos. O marido está isolado na suíte do casal desde o diagnóstico e deve permanecer até o réveillon. “Não teve nada de Natal, foi um dia comum, com comida com meus filhos e eu vendo filme na sala. Só fizemos uma chamada de vídeo com todos para dizer feliz Natal. Os sintomas do meu marido foram bem leves. Não me espanta que muitos estejam passando pela doença sem saber. Temos entretanto casos conhecidos de pessoas que ficaram muito mal, como um professor do gêmeos que ficou muito tempo na UTI e ainda estamos com medo”.


Presidente do Sindilabs-GO e da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg), Christiane do Valle, acredita que o aumento dos testes é reflexo de uma população mais consciente. Ela explica que a procura é de pessoas com idade entre 30 e 45 anos, além dos viajantes. Isso porque para alguns destinos internacionais exigido teste de Covid com coleta 72 horas antes do embarque.


“Se a pessoa vai viajar e está a sintomática, por exemplo, o ideal é que seja feito RT-PCR ou antígeno, ambos com coleta pelo nariz. Nossa percepção é de que as pessoas estão mais conscientes, principalmente, com familiares que pertencem ao grupo de risco. No geral, a capacidade dos laboratórios aumentou e o tempo de espera para o resultado dos exames diminuiu. De qualquer forma, as recomendações não mudaram: manter cuidado de higiene, evitar aglomerações e saber que mesmo com teste negativo não há a sensação de liberdade. As pessoas podem se contaminar e começar a transmitir dois dias depois. O RT-PCR, por exemplo, é indicado entre o quinto e oitavo dia de sintomas. Antes do quinto dia, – aí o alerta para os assintomáticos – costuma dar falso negativo”, explica Christiane.

Sócia-proprietária do laboratório Citocenter e professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Maria Paula Thees Perilo afirma que o acréscimo foi notado nos últimos dias e que o maior pico havia sido em julho e agosto. A curva tinha caído, mas desde o início de dezembro foi ascendendo. Estamos, inclusive, agendando a coleta domiciliar e em uma das unidades montamos o drive-thru”.

Médico alerta para segurança

Para o médico infectologista Marcelo Daher, apenas a testagem não é um termômetro que indique plena segurança para encontros. “É uma situação complexa, depende do histórico de cada um”, diz o especialista. Ele explica que no caso de pessoas que já estão em isolamento há muito tempo, o teste é um atestado maior de segurança. Mas, ainda assim, enfatiza que não é de 100%.


“Se a pessoa já está em rotina de encontrar com os amigos, um teste pode não servir de nada”, aponta Daher. O médico lembra que os diferentes tipos de testes devem ser observados. “Se ele faz um sorológico rápido e está em estado inicial da doença vai dar negativo. Só depois de três dias vai apresentar os sintomas”.


O especialista indica que mesmo no caso de pessoas com histórico de isolamento, os encontros do fim do ano ocorram seguindo protocolos básicos. “O ideal é que não haja os encontros. No caso de haver uma reunião que seja com segurança, em ambientes abertos, evitar muitos abraços e beijos”.

Ele chama atenção ainda para os eventos permitidos, de até 150 pessoas. “Nós não temos como saber se há condições mínimas para esses eventos”.