Nos últimos dias, alguns veículos de imprensa mostraram a falta de testes de Covid-19 no laboratório contratado pela Prefeitura de Goiânia. De acordo com as reportagens, o laboratório estaria com a capacidade saturada para a realização do teste PCR.
Presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) e do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), Christiane Maria do Valle Santos, explica que o PCR tem uma indicação específica e que há outras formas de testagem dos pacientes.
Testes
O PCR, segundo ela, é importante na fase inicial da contaminação, nos primeiros sete dias, para a detecção da presença do novo coronavírus. Após esse período, entre o oitavo e o 16º dia, deve ser realizado o teste rápido, que detecta a presença de anticorpos, revelando se a pessoa já teve ou não contato com o vírus.
“O PCR realizado a partir do oitavo dia pode dar um resultado negativo, mesmo em pacientes que tenham sido contaminados”, diz, ressaltando que antes de falar em falta de exames é necessário esclarecer a população sobre a indicação de cada tipo de teste existente no mercado.
Laboratórios
Atualmente, vários laboratórios goianos realizam os testes rápidos e três privados da capital, além do contratado pela prefeitura de Goiânia, fazem também o PCR. “São laboratórios que já atendem a população e que estão à disposição das prefeituras e de grandes empresas para a testagens em massa com testes rápidos e PCR, o que vai contribuir para a identificação de um maior número de casos de Covid-19”, afirma, ressaltando que há alternativas para a solução do problema apontado nas reportagens.