Apenas nos sete primeiros meses do ano, foram registrados 262 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave por Covid-19, representando 47% das mortes por Srag no estado
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), alerta a população goiana sobre a baixa cobertura vacinal por Covid-19, em Goiás. A situação gera preocupação diante dos óbitos registrados nos sete primeiros meses do ano e a chegada do tempo seco, que favorece o desenvolvimento de problemas respiratórios. De um total de 553 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em 2023, 262 foram por Covid-19, o que representa quase metade dos registros (47%).
Entre os óbitos pela doença, 204 foram de pessoas com mais de 60 anos, uma média de 77%. Ao todo, já são 5.880 casos por Srag em Goiás em 2023, sendo 1.032 deles por Covid (17%). “A Covid-19 continua fazendo vítimas, claro que em um número menor do que a gente viveu em 2020 e 2021, onde nós tivemos o maior número de casos e óbitos, mas ela continua sendo a doença que mais tem causado formas graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave e óbitos”, destacou a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.
O imunizante bivalente, que está disponível no estado desde o dia 27 de fevereiro deste ano, conta com cobertura vacinal de cerca de 11% entre o público-alvo, com 697.687 doses aplicadas até o momento. Quando se trata do público infantil, a situação é ainda mais preocupante. De um total de 242.943 crianças na faixa etária de 6 meses a 2 anos em Goiás, apenas 24.691 receberam a primeira dose da vacina (monovalente), o que corresponde a uma cobertura vacinal de apenas 10%.
“A gente vem reforçando a importância da vacinação, principalmente entre os idosos, por serem mais vulneráveis a essas doenças e mesmo assim, quando a gente avalia a cobertura geral, ela não passa de 11%, que é muito baixa”, pontuou Flúvia Amorim. A superintendente da SES reforçou ainda a preocupação com as formas graves da doença, que pode ser evitada com a imunização. “A gente sabe que o vírus da Covid é altamente mutável. Temos monitorado essas mutações desde o início, mas quanto mais pessoas vacinadas e com cartão atualizado, menor o risco de ter um boom de casos graves, como tivemos em anos anteriores”, ressaltou.
Atualmente, a vacina bivalente é recomendada para pessoas maiores de 18 anos que já receberam duas doses do esquema primário, com a vacina monovalente, e para aqueles com mais de 12 anos que apresentam comorbidades e que também já tomaram duas doses do esquema primário. O imunizante está disponível nos 900 postos de saúde do estado, espalhados pelos 246 municípios goianos.
Fonte: https://www.saude.go.gov.br