Em cerca de 20 dias, seis hospitais da rede privada do DF contratados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) realizaram 407 cirurgias de pacientes encaminhados pela Secretaria de Saúde (SES). Os contratos preveem a realização de 3.233 procedimentos ao longo de 120 dias.
De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, os contratos de complementariedade vão ajudar a reduzir a fila por cirurgias eletivas, que ficaram suspensas durante os momentos mais graves da pandemia da covid-19. “A rede pública permanece realizando em torno de mil cirurgias mês”, afirma.
Os hospitais da rede privada foram contratados para realizar procedimentos de hernioplastias (hérnia), colecistectomias (retirada da vesícula biliar) e histerectomias (remoção do útero). As cirurgias têm ocorrido diariamente, inclusive nos fins de semana, nos hospitais Anchieta (24 procedimentos), Daher (119), Hospital das Clínicas (77), Home (31), São Francisco (91) e São Mateus (65).
O primeiro procedimento ocorreu em 22 de setembro e o levantamento abrange números até esta quarta-feira (19). O Hospital Águas Claras também já assinou contrato e vai se unir ao mutirão.
Investimento de R$ 19,7 milhões
A Secretaria de Saúde investirá um total de R$ 19,7 milhões na iniciativa. Cada atendimento na rede privada inclui a realização de intervenção cirúrgica, internação de até 48 horas e consultas pré e pós-operatórias. Os hospitais receberão de acordo com o número de procedimentos realizados.
As normas foram previstas em edital publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) do dia 5 de setembro. Os contratos foram assinados com o envolvimento e apoio do controle social e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Reforço na rede pública
Em paralelo ao mutirão, a Secretaria de Saúde trabalha planos operacionais nos hospitais regionais da rede para a ampliação de cirurgias, com prioridade para procedimentos oncológicos, além daqueles já judicializados. O novo contrato regular de manutenção predial também faz parte da estratégia para ampliar o atendimento. “Vamos aumentar a nossa produtividade e, com isso, poder ofertar uma saúde de excelência para o Distrito Federal”, finaliza a secretária Lucilene Florêncio.