O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, anunciou, durante ato de campanha no Recife, a desoneração da folha de pagamentos do setor de saúde. A medida, segundo ele, beneficiará os enfermeiros.
Em discurso ao lado de aliados locais, Bolsonaro usou o anúncio para provocar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o presidente, a desoneração ajudará enfermeiros porque o piso salarial nacional aprovado pelo Congresso está suspenso por decisão de Luís Roberto Barroso. “Ministro de Dilma”, provocou Bolsonaro, em referência a quem indicou o ministro para o STF.
“Falei com Paulo Guedes, será o décimo oitavo setor a ser desonerado”, afirmou Bolsonaro.
A proposta foi sancionada pelo presidente em agosto e em setembro Barroso suspendeu a nova lei até que fosse analisado o impacto financeiro. A ação foi apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que alega riscos para as contas de Estados e municípios e nos custos de hospitais privados.
Após encontro fechado com lideranças religiosas em um hotel na zona sul da capital, o presidente discursou em trio elétrico para apoiadores. O público que compareceu foi pequeno em relação ao que esteve presente nos eventos de campanha de Bolsonaro no Estado durante o primeiro turno, quando o presidente contava com palanque do ex-prefeito Anderson Ferreira (PL).
Ferreira acabou em terceiro lugar, com 18,2% dos votos, na disputa estadual. O duelo final pelo governo do Estados está sendo disputado entre Marília Arraes (Solidariedade), candidata apoiada pelo ex-presidente Lula, e Raquel Lyra (PSDB), que está neutra em relação ao pleito presidencial.