A presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (FEHOESG), Christiane do Valle, reforçou nesta terça-feira (23), em reunião com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a grave situação enfrentada pela saúde pública goiana. O encontro aconteceu em Brasília e reuniu representantes estaduais da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), da qual Christiane também é vice-presidente.
Durante a reunião, promovida pela CNSaúde, Christiane levou a pauta goiana ao centro do debate nacional, destacando os sérios impactos da inadimplência do Governo de Goiás com empresas terceirizadas que operam em unidades de saúde do estado. A dirigente entregou pessoalmente ao ministro um ofício, solicitando uma investigação rigorosa sobre a aplicação de recursos federais repassados à gestão estadual.
O documento alerta para indícios de má gestão e possível desvio de finalidade dos recursos, que, segundo a entidade, não estariam sendo aplicados corretamente, resultando em um “colapso na prestação de serviços” e comprometendo diretamente a continuidade do atendimento à população. Christiane destacou ainda que muitas empresas enfrentam dificuldades financeiras graves devido à falta de pagamento por serviços já prestados.
“A omissão do estado é evidente. Terceirizaram a gestão sem fiscalizar, e agora responsabilizam apenas as organizações sociais, enquanto famílias inteiras ficam desassistidas”, afirmou a presidente da FEHOESG. Segundo ela, é imprescindível que o Ministério da Saúde intervenha com urgência para garantir a transparência e a correta destinação das verbas federais.
Além das denúncias, Christiane do Valle também participou da adesão da CNSaúde ao Projeto Mais Especialidades (PMAE), uma iniciativa do Governo Federal para ampliar o acesso da população a atendimentos especializados dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
A atuação de Christiane tem se destacado pela defesa intransigente dos interesses do setor de saúde em Goiás, unindo representatividade nacional e compromisso regional. A expectativa é que a mobilização junto ao Ministério da Saúde resulte em ações concretas de apuração e correção das falhas denunciadas, com reflexos positivos no atendimento à população goiana.